O que esperar da psicoterapia
- Suelen Souza
- 1 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de jan. de 2022
Cada pessoa tem suas expectativas ou objetivos quando pensa em procurar por psicoterapia, e é muito comum ficar em dúvida sobre o que de fato é possível alcançar através dela.

Por isso eu reuni aqui, a partir de considerações do psicanalista e psiquiatra J. -D. Nasio, algumas das principais mudanças que ocorrem em um processo de psicoterapia bem sucedido.
Autoestima
Reconhecer seus defeitos e valorizar suas qualidades sem exagero.
Durante um processo de psicoterapia, sua autoestima será abordada a medida que trabalhamos sobre suas queixas e o seu posicionamento diante aos acontecimentos.
Tolerância
Tornar-se mais tolerante consigo mesmo e com as pessoas que lhe rodeiam.
Conquistar a capacidade de acalmar os conflitos relacionais, fazer concessões, cuidar de seus semelhantes, da pessoa amada e do amor que os une.
Resiliência
Aprender que nenhuma dor é definitiva, absoluta ou total.
Recuperar-se mais facilmente dos transtornos provocados pelos acontecimentos perturbadores da vida.
Suportar perdas
Aprender a relativizar as perdas.
Compreender que perder o que se tem de mais precioso nunca é perder tudo. E que aquilo que se perde é só uma parte de si mesmo.
Autopercepção
Se olhar de uma outra forma.
Compreender a imagem que temos de nós mesmos e identificar com mais clareza o que sentimos, sem temor ou vergonha.
Integração
Sentir-se internamente unificado.
Mesmo que impulsos contraditórios estejam dentro de si, tais como o amor e o ódio, a coragem e a covardia, o desejo e a culpa e até a humildade e a onipotência.
Estas são algumas mudanças importantes que geralmente ocorrem em um processo de psicoterapia. Outros aspectos, a depender do caso e da queixa do paciente também podem sofrer mudanças.
Deixo aqui um poema do livro "Sim, a psicanálise cura!" de J. -D. Nasio o qual traz um pouco da sensação vivenciada por um paciente ao final de seu processo de psicoterapia.
"O sossego...
Hoje já não sonho
com outra vida nem com o absoluto.
Hoje já não sofro
de um intenso sofrimento desconhecido.
Hoje estou reconciliado
com minhas ânsias esquecidas.
Hoje fui libertado
e posso reinventar-me.
Poema escrito por um paciente durante a fase final da análise, julho de 2016."
Suelen Maria de Souza
Psicóloga
CRP 08/20054
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