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(Re)existir ou resistir?

  • Foto do escritor: Suelen Souza
    Suelen Souza
  • 3 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de nov. de 2022



Já parou para observar como é diferente o modo como cada pessoa lida com a situação de pandemia que estamos vivendo?

Alguns negam, outros mudaram radicalmente suas rotinas, têm aqueles que se adaptaram tranquilamente e aqueles que entraram em desespero. Existem, ainda, casos de pessoas que passaram e passam por todas essas situações desde que o contágio se iniciou.


Embora todos nós vivenciamos a mesma pandemia, cada sujeito foi e está sendo impactado de uma forma única. É claro que existe uma infinidade de fatores influenciando a maneira como cada pessoa vivencia a situação, contudo, existe também o que alguns estudiosos chamam de imunidade psicológica.


Não que ela seja uma “blindagem” do indivíduo que o protege do sofrimento ou adoecimento psicológico. Na verdade, assim como no conceito de imunidade utilizado na área da medicina - capacidade do nosso corpo de se defender de qualquer substância ou micro-organismo que não for por ele reconhecido - a imunidade psicológica também nos protege de situações não conhecidas, como é o caso da atual pandemia. Da mesma forma que nosso corpo produz anticorpos, nossa mente também recorre a “ferramentas psíquicas”, ou seja, aciona alguns recursos subjetivos para dar conta do sofrimento causado por situações desconhecidas.


De fato, o que quero apontar aqui é que apesar da infinidade de fatores externos que nos impactam e que não podemos controlar, existem fatores internos que estão ao nosso alcance. Nossas vidas sempre foram e continuam sendo cheias de incertezas. Talvez agora, com o surgimento deste vírus, nos lembremos disso com mais clareza, fazendo com que toda nossa ilusão de controle se desfaça rapidamente.


Perceber que não controlamos tudo ao nosso redor nos desorganiza, e é tão difícil quanto enfrentar algo desconhecido. Esse enfrentamento é um gatilho que pode despertar angústias, medos e incertezas, porém isso é comum e faz parte do nosso processo de desenvolvimento interno. São esses sentimentos que nos movem para construirmos novos referenciais e novas possibilidades.


Nosso mundo não é e não será mais o mesmo. Mudanças externas são inevitáveis, entretanto são elas que enriquecem nossa experiência e nos fortalecem para as adversidades!




Suelen Maria de Souza

Psicóloga

CRP 08/20054

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